segunda-feira, 12 de março de 2012



O mundo hoje tem misturado alguns conceitos. Esta mistura tem causado confusão na mente das pessoas, e causado dor no coração delas. Achei que era necessário escrever sobre coisas que nós nunca deveríamos confundir.

Então, qual a diferença entre amizade e companheirismo? Qual o papel do amor no meio disso tudo? Engraçado que, este blog não foi criado com este intuito, mas quem sabe a gente possa reconsiderar nossas relações como relações Betas, e aqui nós tentamos concertar os erros de série, para depois estabelecer uma relacionamento renovado. Quase igual a um programa de computador.

Bom, eu não sou seu amigo porque eu vou com você a shows, ou saio com você no shopping, assisto filme, converso com você nos meus intervalos, porque eu vou dormir na sua casa e você vem na minha, porque compartilhamos de opiniões iguais, ou porque temos o mesmo gosto, e fazemos as mesmas coisas, jogamos os mesmos jogos e gostamos e não gostamos das mesmas pessoas.

Isso é ser colega.

Ser amigo é tomar partido. É olhar as situações com olho técnico e ser capaz de ver os erros de todos os ângulos, e apontar o dedo na cara do seu amigo, mesmo que ele não goste, mesmo que você não goste. É tomar o lado certo mesmo quando este não é o do seu amigo, e mesmo assim, estar do lado dele, e apoiá-lo para o que ele precisa. É sim, compartilhar coisas e pensamentos, mas é bem mais profundo do que isso. É saber dizer a verdade, é saber dizer não, é saber dizer tudo. É não precisar se esconder para poder repensar o que se sente, e chegar e falar. Porque a amizade é construída em cima de amor, e amor aparece de várias maneiras, e uma das mais fortes é a amizade. 

É ridículo pensar que hoje todo mundo confunde conhecido com amigo, que para não ofender os amigos e perdê-los, tenhamos que fingir que não tomamos partido, ou ocultarmos o que realmente pensamos sobre o assunto. Isso não é apenas falta de amizade, isso é falta de amor. Porque amor não esconde e não engana. 

Aonde foi que nos perdemos que todos nós esquecemos disso. Saímos da frieza de sentimentos da idade média e estamos agora na era da banalização dos sentimentos mais profundos que fizeram a humanidade repensar seus valores e costumes?

Eu sinto falta de poder dizer eu te amo sem ter medo, sem parecer que soa falso ou coisa assim. E de um dias para cá... eu tenho medo de continuar falando, e nunca mais ouvir.

Seja por um ou por outro, espero uma nova revolução, uma que mude o pensamento das pessoas, e que desbanalize os verdadeiros valores. Não faz bem viver se enganando... e nem chorando por conta disso.


"E onde há esperança, ainda há uma chance."

Um comentário:

  1. Além de profundo e inspirado isso foi a coisa mais verdadeira qe já li sobre o assunto!!! :D
    Queria que todo mundo tivesse essa consciênvia... Assim as amizades seriam bem mais verdadeiras e sinceras...
    Parabéns e obrigada por me dar uma boa e sincera leitura! :D

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